sexta-feira, 22 de maio de 2015

SALAS AMBIENTES TURMA DE SPE: OCUPACIONAIS

           Com a dinamicidade das práticas estabelecidas na educação especial, esta visão modificou-se, o que contribuiu no sentido de rever e reverter posturas em direção a um caminho de reconstrução, proporcionando a descoberta de habilidades e potencialidades nunca antes percebidas ou acreditadas nos sujeitos. Com o objetivo de mudar a realidade dos educandos com deficiência mental e/ou múltiplas maiores de 17 anos das turmas de SPE-OCUPACIONAL, propondo o rompimento com a passividade e a baixa estima foi implantado o rodízio entre estas turmas. Foram estruturadas três salas ambientes: Comunicação, Artesanato e Gestão. Tendo como objetivo geral; possibilitar o desenvolvimento das habilidades do educando, através de atividades significativas que contribuam para sua realização pessoal e maior autonomia, sobretudo resgatar sua auto-estima, tornando-o parte integrante de uma sociedade. 
O Currículo Funcional Natural é a teoria em que se embasam para as atividades em salas ambientes, método desenvolvido nos Estados Unidos para garantir a autonomia da pessoa com deficiência. O nome é extenso, mas a aplicação gera ótimos resultados. O Currículo Funcional Natural (CFN), que chegou ao Brasil há cerca de 20 anos, tem como objetivo tornar o deficiente intelectual bem sucedido em todas as tarefas que desenvolve. Um dos componentes mais importantes dessa abordagem é a sua filosofia: tratar a pessoa com deficiência como a qualquer outra pessoa. Essa é prerrogativa primordial dessa proposta de trabalho: focar na pessoa e não na deficiência.
                Os objetivos desse currículo é preparar para a vida: promover a autonomia; dar as pessoas com deficiência condições de serem produtivas e estarem incluídas em sociedade. De acordo com Dra. LeBlanc O Currículo Funcional está dividido em dois conceitos: Funcional e Natural.
               Funcional: no sentido de que as habilidades (objetivos) que serão ensinados e tenham função para a vida, que possam ser utilizadas de imediato ou num futuro próximo. O aluno poderá utilizar as atividades aprendidas em sua própria vida, contribuir em sua família e comunidade. Assim, não deveria ensinar, gastando da energia do aluno para aprender coisas que não tem significado para a sua vida.
              Natural: está relacionado ao ato de ensinar. Às situações de ensino, materiais selecionados e procedimentos utilizados, bem como à lógica na execução das atividades. A proposta do Currículo Funcional Natural (CFN) é que se busquem sempre situações contextualizadas, relacionadas com a vida, que se afaste ao máximo de situações mecânicas que dificultam a compreensão do aprendiz, estão desconectadas da vida e não tem sentido. A idéia é ensinar as habilidades naturais nas situações nas quais elas naturalmente seriam ensinadas a qualquer pessoa.
Assim temos SALA AMBIENTE ARTESANATO organizada com materiais reciclados que oferece uma ocupação terapêutica e prazerosa, tendo em vista que essa clientela apresenta deficiência intelectual de moderada a severa e múltipla; mas com direitos a serem garantidos também na educação especial.  E na SALA AMBIENTE COMUNICAÇÃO é favorecido o mundo da comunicação que é essencial para vida do ser humano, afim de seus relacionamentos com o eu e o mundo, sendo que a comunicação ocorre de diversas maneiras: fala, escrita, linguagem gestual e corporal. E na SALA AMBIENTE GESTÃO proporciona-se ao educando uma independência, estimulando o alcance de níveis de desenvolvimento nas atividades de A.V.D (Atividades de Vida Diária) e A.V.P (Atividades de Vida Prática), com reflexos para sua vida em comunidade.
            O papel do professor é estabelecer as metas funcionais, buscar as situações naturais para ensinar e buscar parceria com as famílias. De acordo com a autora do livro Currículo Funcional Natural Maryse Suplino (2009), o professor é a figura determinante para o avanço dos alunos. Quando ele estabelece metas, se compromete com elas, no sentido de que seu aluno logre o que foi estabelecido e acredita no aluno, não tem como o aluno não avançar. Quando se fala em Currículo Funcional Natural, se faz necessário pensar em plano individualizado de ensino. Nada mais lógico, o que é funcional para uma pessoa, não é necessariamente para outra.

       Rosângela Aparecida de Bairros - Coordenadora Pedagógica APAE Lages

SERVIÇO PEDAGÓGICO ESPECÍFICO – SPE

                A educação especial passou por vários momentos ao longo da história, com várias concepções de mundo, de homem, de aprendizagem e sobre deficiências. Neste momento se faz necessário repensar os serviços de educação especial para atender ás demandas da sociedade vigente e os novos encaminhamentos das políticas públicas.
                Com a Política de Educação Especial do Estado de santa Catarina, aprovada pelo Conselho Deliberativo da Fundação Catarinense de Educação Especial - FCEE no dia 24 de abril de 2006, referendada pela Resolução nº 112, de 12 de dezembro de 2006, do Conselho Estadual de Educação, e homologada pelo Decreto nº 4.490, de 15 de dezembro de 2006, da Secretaria de estado da educação, a FCEE implanta, em articulação com as diferentes Secretarias Setoriais de Estado, diferentes programas de atendimento às pessoas com deficiência.
              O Programa Pedagógico, dinamizado por meio de ações e projetos, estabelece diretrizes para qualificar o processo ensino e aprendizagem dos alunos da educação especial matriculados na rede regular de ensino, ou para aqueles que, por apresentarem deficiência intelectual com severos comprometimentos cognitivos, mesmo em idade escolar, freqüentam exclusivamente a entidade APAE.
               Este Serviço prevê o atendimento de educandos na faixa de 04 a 17 anos, buscando ressignificar o papel do atendimento pedagógico nas entidades especializadas que atendem pessoas com deficiências associadas à deficiência intelectual com severos comprometimentos cognitivos e/ou múltiplo.
               Pressupõe que aprendizagem e desenvolvimento articulam-se num movimento constante, não existindo de forma independente, é a aprendizagem que promove o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, a estrutura de pensamento e a elaboração de conceitos as quais, formam-se e/ou tornam-se possíveis na interação, na dialética, na troca de experiências. 
               A proposta de encaminhamento metodológico tem como fundamento a perspectiva histórico-cultural e os princípios da Teoria da Atividade, os planejamentos são organizados para possibilitar o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, considerando o contexto histórico cultural e social, as diferentes possibilidades, ritmos e experiências. Nesta abordagem, o trabalho é conduzido de forma não comparti mentalizada dos conhecimentos, possibilitando, assim, a relação dos conceitos cotidianos com os conceitos científicos.
                Dessa forma, manter-se-á a organização dos grupos de trabalho estabelecendo como critério a faixa etária, a não seriação e a heterogeneidade, considerando que os sujeitos possuem diferentes possibilidades, ritmos e experiências, e que a vivencia, a troca e ação entre esses sujeitos oportunizem a elaboração de diferentes conceitos, trabalhando com a estrutura do pensamento e, consequentemente, a apropriação de diferentes saberes. Levando em conta a diversidade existente em grupos de trabalho, bem como as especificidades de cada sujeito, é de fundamental importância organizar serviços que visem potencializar as áreas defasadas.

Rosângela Aparecida de Bairros - Coordenadora Pedagógica APAE Lages

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Dia do Trabalhador

Na sexta-feira dia 08 de maio, na sede Pinheirinho foi comemorado o dia do trabalhador. Os alunos tiveram momentos de descontração, atividades de recreação, dança, futebol de campo e voleibol.

Foi servido almoço e logo após foi cantado parabéns e servido o bolo do dia do trabalhador.



Um dia diferente e muito agradável!


segunda-feira, 11 de maio de 2015

PREVENÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS


Existem hoje em dia vários tipos de exames que são realizados logo que o bebê nasce, antes mesmo da alta hospitalar. São triagens neonatais que podem prevenir doenças e até mesmo detectar alguma alteração o mais cedo possível para evitar sequelas mais graves.

O teste do olhinho (ou o teste do reflexo vermelho) é um exame que deve ser realizado rotineiramente em bebês na primeira semana de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade, e que pode detectar e prevenir diversas patologias oculares, assim como o agravamento dessas alterações, como uma cegueira irreversível.
O exame, que dura em média três minutos, consiste em colocar um feixe de luz em direção ao olho do bebê, em uma distância superior a 30 cm. O médico então irá observar o reflexo das pupilas. O reflexo em uma criança com visão normal tem coloração avermelhada, é homogêneo e simétrico. Essa coloração avermelhada significa que o eixo óptico está livre, permitindo a entrada e saída de luz através da pupila. Caso o reflexo não seja vermelho ou o responsável pelo exame esteja em dúvidas sobre o diagnóstico, é importante que um oftalmologista seja consultado. O equipamento utilizado nesse exame recebe o nome de oftalmoscópio.
Para bebês prematuros com peso inferior a 1,5 kg e/ou que nasceram até 32 semanas, existe uma recomendação especial. O primeiro teste do olhinho deve ser realizado entre a quarta e a sexta semana de vida do bebê. O objetivo principal do exame é detectar a retinopatia da prematuridade. O exame deverá ser repetido até que toda a retina esteja vascularizada.
O teste do olhinho diagnostica doenças como catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, retinopatia na prematuridade, infecções, traumas de parto, tumores e cegueira. Nesse exame também é observado o estrabismo. O teste é importante, pois o tratamento precoce de algumas dessas doenças pode permitir o desenvolvimento normal da visão do bebê.
Diferentemente do teste do pezinho, esse teste não é garantido por lei em todos os estados brasileiros. Entretanto, é obrigatório o pagamento do teste por planos de saúde desde 2010.

Conheça um pouco mais sobre as principais doenças detectadas no teste do olhinho:
Catarata Congênita: O cristalino torna-se opaco, dificultando assim a visão. É a principal causa de cegueira na infância. A catarata congênita está frequentemente associada a algumas doenças genéticas, tais como galactosemia e síndrome de Down.


- Glaucoma Congênito: é uma doença caracterizada pelo aumento da pressão intraocular. Normalmente, a criança com glaucoma congênito perde o brilho da região da íris e desenvolve um aumento do volume do globo ocular.



- Retinopatia da Prematuridade: Nessa doença ocorre uma proliferação anormal de vasos sanguíneos da retina, atingindo principalmente bebês prematuros. Juntamente ao glaucoma congênito, é uma das maiores responsáveis pela cegueira infantil.
- Retinoblastoma: É um tumor maligno comum na infância, causado por uma mutação. É importante o acompanhamento, pois esse tumor pode não ficar restrito ao olho.


Obrigatoriedade do Exame
Não existe uma lei federal. Apenas alguns estados brasileiros possuem leis que garantem o exame "Teste do Olhinho" em hospitais e maternidades públicas e privadas. Dentre eles estão: Bahia, Distrito Federal (Brasília), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo.
Planos de Saúde - desde junho de 2010 é obrigatório aos planos de saúde o pagamento para a realização do Teste do Olhinho.
SUS - o Sistema único de Saúde diz que está garantida a realização do exame em todos os municípios participantes da Rede Cegonha, porém, atualmente menos de 50% dos municípios estão na Rede Cegonha.
Vídeo do Teste do Olhinho

Fontes:
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=L2ifVJ70fJg
Imagens: www.google.com.br


quinta-feira, 7 de maio de 2015

NUTRIÇÃO

Observando o cenário atual, evidenciamos que o índice de obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipercolesterolemia e hipertensão, crescem ao passo que a sociedade se descuida com a segurança alimentar e nutricional. Além disso, as doenças de origem alimentar e do trato digestivo tem levado cada vez mais pessoas a uma qualidade de vida fragilizada que vem perpetuando através de gerações familiares.
Para fins de esclarecimento, pontuamos que o nutricionista é um profissional da saúde que trabalha no âmbito das Ciências da Nutrição e Alimentação. Faz o estudo, orientação e vigilância da nutrição e alimentação intervindo nos domínios da adequação, qualidade e segurança alimentar. Ele tem o objetivo da promoção da saúde, prevenção e tratamento da doença. Este profissional atua em todos os locais onde uma adequação alimentar possa ajudar a melhorar a qualidade de vida. Ele ensina, investiga, orienta e aconselha.
Na APAE de Lages o trabalho é desenvolvido em três setores, dietético, orientação e clínico. No setor dietético o objetivo é ofertar aos alunos uma alimentação equilibrada, com os nutrientes necessários e adequados ao bom funcionamento do organismo. Ainda neste setor há uma preocupação com o planejamento, orientação e supervisão das atividades de armazenamento, produção e distribuição dos alimentos, garantindo a qualidade dos produtos e levando em consideração as boas práticas higiênicas e sanitárias.
O trabalho de orientação se faz necessário por conta da importância de enfatizar quanto ao consumo adequado de alimentos para assim corrigir erros alimentares e diminuir seus efeitos deletérios. Nele orientamos alunos, pais e responsáveis não apenas sobre o que pode ou não ser consumido e utilizado, mas também sobre a importância da formação de uma análise crítica ao se depararem com informações veiculadas através da mídia ou ainda por outros profissionais para que as utilizem de forma consciente.
Já no setor clínico é realizado o atendimento individualizado ao aluno observando a fisiopatologia, história clínica pregressa, atual e familiar (anamnese), estado nutricional físico e bioquímico, podendo assim formular um diagnóstico e a conduta nutricional a ser tomada. Posteriormente é explicado ao responsável a importância de trabalhar em casa o plano nutricional elaborado. Além disso, a realização de projetos de Educação Nutricional com os alunos em sala de aula busca ensiná-los o conceito de saúde e alimentação saudável. O objetivo deste trabalho é generalizar esses conhecimentos expandindo essa consciência, contribuindo para a formação da cidadania e optando por escolhas mais saudáveis e equilibradas na medida de sua situação socioeconômica, perfazendo um caminho para a qualidade de vida.
A fase escolar consiste em um intenso aprendizado onde a aquisição de hábitos e rotinas podem ser levados para toda a vida. Com esta consciência o trabalho da nutrição dentro da APAE de Lages torna-se uma janela importante para a implementação de bons hábitos alimentares e prevenção do ganho de peso não apenas de nossos alunos, mas de toda a comunidade.

Ana Cristina Gunther Bastos
NUTRICIONISTA

quarta-feira, 6 de maio de 2015

PROGRAMA DE AUTOGESTÃO, AUTODEFENSORIA E FAMÍLIA

ESCOLA DE EXCEPCIONAL RAIO DE SOL 
APAE LAGES

A APAE de Lages mantém o Programa de Autodefensoria desde o ano de 2009, onde capacita às pessoas através de espaço de debate, articulação, técnica de reflexão e encontros semanais e mensais. Através deste impulsiona as pessoas a protagonizarem na defesa e garantia de seus direitos como também impulsiona-las a gerenciar sua vida cotidiana conforme suas competências e habilidades.
            A programa capacita as pessoas a falarem, a dizerem o que pensam, a fazerem escolhas, a se expressarem e ampliarem o seu nível de participação. A autodefesa é algo aprendido e depende de oportunidades, de mediação e apoio de pessoas no convívio familiar, ambiente escolar e na sociedade. Todas as pessoas, em maior ou menor grau, podem aprender a fazer escolhas, expressar pensamentos, desejos e promover a defesa dos seus direitos.
            A Autodefensoria é o portal que dá acesso a defesa de direitos humanos e também de direitos específicos da condição de ser uma pessoa com deficiência.
                        Acreditamos que a amizade do grupo e o fortalecimento da equipe vai ajudar na construção e na interação dos alunos, na exposição de suas ideias e autonomia.
            O trabalho da AUTODEFENSORIA é riquíssimo, complexo e ao mesmo tempo simples, é a essência do SER do QUERER e FAZER ACONTECER.


OS AUTODEFENSORES DA APAE

Alunos (um do sexo masculino e outro feminino) regularmente matriculados na APAE que representem e defendam os seus interesses, dos colegas e da instituição.


                                     
 COMPETE AOS AUTODEFENSORES REPRESENTANTES:

a) defender os interesses das pessoas portadoras de deficiência, sugerindo ações que aperfeiçoem o seu atendimento e participação em todos os seguimentos da sociedade;
b) participar das reuniões da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração opinando sobre assuntos de interesse da pessoa portadora de deficiência;
c) participar dos eventos promovidos e organizados pelo movimento Apaeno.


ALGUNS TRABALHOS DOS AUTODEFENSORES 

Agradecimentos aos membros parceiros

Reunião de Pais
Projeto Prevenção das Deficiências

Entrevista na Rádio Clube

Equipe Autodefensoria 2015
Giselle Dias- Diretora
Jane Ap. C. C. Valter - Coordenadora
Marli de Fátima Costa Borges - Pedagoga
Vera Lúcia Stuani Nunes - Pedagoga
Vânia Arruda - Psicóloga